Em reunião virtual na manhã desta terça-feira, 31/03, o grupo empresarial de Impressos de Segurança chegou ao consenso de que é preciso agir de forma institucional para garantir a livre concorrência, porém com regras de mercado que não obriguem as empresas gráficas a trabalharem, em muitos casos, no vermelho. Na maior parte dos países, as gráficas vendem cartões (de crédito, débito e private label) indexados ao dólar, no Brasil não. Além do aumento da taxa de câmbio, que está estrangulando o setor, os contratos firmados com os clientes penalizam as gráficas, pois a maioria das empresas precisam produzir grandes quantidades de material e estocar, sem comprometimento de consumo, liberando e faturando os lotes de acordo com pedidos posteriores.
Segundo o coordenador do grupo, André Machado, a cartilha vai ser uma ferramenta para que o mercado seja mais justo. “Já estamos elaborando um questionário para que as empresas indiquem quais os problemas contratuais que as impedem de ter lucro. A partir daí, vamos sugerir normas de mercado com o embasamento do departamento jurídico da entidade e agir em duas frentes: de maneira institucional, junto às entidades que representam nossos clientes e junto ao governo, para que a legislação seja alterada, principalmente em relação ao câmbio”. A previsão é de que o lançamento da cartilha aconteça até o final de abril.