17 de dezembro de 2015

Summit de Comunicação reafirma a Força da Mídia Impressa

Cerca de 300 profissionais de publicidade, propaganda e marketing estiveram reunidos no dia 2 de dezembro durante o Summit de Comunicação – A Força da Mídia Impressa, promovido em São Paulo, pelo jornal PropMark, com patrocínio de ABIGRAF Nacional, Abro, ANJ, Fedrigoni, Gaudí Eventos, HP, Plural Indústria Gráfica, SINDIGRAF-SP e Two Sides Brasil. O evento reuniu alguns dos maiores nomes da propaganda e do marketing na atualidade para mostrar que não se constróem marcas apenas com mídia digital, como provam inúmeras pesquisas e a experiência de grandes marcas mundiais, incluindo o próprio Google. Confira o que disseram alguns dos papas da propaganda e do marketing que palestraram.

Federico Sader, Nielsen Brasil – “O bom uso do digital começa por não abandonar o offline. Cada meio tem seu valor e o importante é sua utilização dentro de um plano global de mídia”, disse, durante a apresentação “Estratégias eficazes para um cenário de mídia em desenvolvimento”, baseada em pesquisa mundial da Nielsen, na qual se constatou que a mídia impressa permanece estável em relação a 2013 e que um terço das campanhas digitais não trazem retorno.

Sérgio Maria, Google Brasil – “A tecnologia muda tudo e acelerou o processo de fragmentação da comunicação, com novos canais e conteúdos. Mas o papel não vai acabar. O jornal não vai acabar e nunca se precisou tanto de credibilidade na notícia. O desafio é aprender a entregar conteúdo nos diferentes formatos – impresso, desktop, mobile”, afirmou durante a apresentação “Não se constrói uma marca apenas com mídia digital”.

Michel Péroni, consultor de marketing de varejo, França – “O papel é uma mídia muito forte para anunciantes e o crescimento de sua utilização acompanha o PIB. No Brasil, o consumo anual de papel é ainda de 55 kg por habitante, enquanto na França chega a 170 kg por habitante apenas em comunicação não dirigida, como folhetos promocionais. 90% da população francesa encara a leitura desses folhetos como um monento de lazer. Lá, a tiragem média é de 8 milhões de exemplares de 36 página cada; aqui, gira em torno de 4 milhões de exemplares com apenas 8 páginas. E sabe-se que, como vetor de comunicação, o papel gera mais tráfego em lojas do que a própria TV, a um custo cerca de dez vezes menor”, ensinou na palestra “A mídia impressa como estratégia de vendas”.

Jacques Claude, Gutenberg Networks, França – “A comunicação eficiente deve ter uma base estruturada, como catálogos, e ser complementada por outras mídias. Estudos e pesquisas mostram que a mídia impressa é o principal recurso de marketing das empresas, consumindo de 50% a 70% do orçamento global de comunicação. Ela ainda é a ferramenta mais eficaz para a comunicação B-to-C (empresa-consumidor) e muitas empresas que tinham parado de imprimir catálogos, por exemplo, voltaram a fazê-lo a partir de 2013, pois ele aumenta o tempo passado nas próprias lojas online, o valor do ticket médio e o tráfego interno. Não existe mais conflito entre o impresso e o digital. Existe uma complementaridade, com o catálogo no centro das estratégias”, disse ao discorrer sobre o tema “Print & digital: a new deal”.

Luiz Lara, Lew Lara/TBWA – “A mídia impressa não é apenas um pilar da democracia. Ela é a democracia. É a mídia de maior credibilidade e pauta todas as outras. Jornais inspiram uma maior confiança e a transferem inclusive para os anúncios. O jornal vale como documento. Na crise, é papel das marcas manter sua conexão e cumplicidade com o consumidor, tendo em mente que as escolhas dele serão feitas com base na força das marcas que ele conhece, respeita e confia”, declarou na palestra “Agências e anunciantes não devem desprezar a força da mídia impressa”.

Nizan Guanaes, Grupo ABC – “Não dá para ter um país sem jornal e revista. E é imprescindível que essas vozes tenham credibilidade e responsabilidade. E, com todo respeito ao banner, nada substitui um grande anúncio em jornal e revista. E o fato é que a circulação impressa de jornal aumentou 16% nos últimos anos e a imprensa quintuplicou seu poder de comunicação com o digital. A mídia impressa é hoje uma das melhores oportunidades de mercado e, globalmente, alcançam uma receita maior do que as indústrias de música e de educação. Seu desafio é se modernizar e se flexibilizar para novas soluções, como anúncios de todos os formatos. O impresso tem apelo sensorial e o ser humano é guiado por tiques, emoções e sensações”, frisou ao encerrar o evento com o tema “Na mídia impressa, ser criativo é ainda mais importante”.

Andrea Costa, Grupo Abril, e Marjorie Fryszman, Correios – Foram as expositoras do painel “A Comunicação Impressa em Números”, mediado pelo jornalista Paulo Macedo, editor da PropMark, no qual se apresentaram métricas e cases ilustrativos da eficiência da comunicação impressa.

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