Cristhine Samorini, Presidente da ABIGRAF Regional Espírito Santo e da FINDES (Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo), e diretora financeira da CNI (Confederação Nacional da Indústria), foi entrevistada no último dia 10 de abril (quarta-feira) pelo Canal BandNews, em São Paulo.
O foco do bate-papo foi o crescimento da atividade industrial capixaba, o 2º maior índice no país, e o potencial de expansão do setor no estado. “Temos um estado com forte potencial de crescimento e acreditamos no setor industrial”, disse ela. “Quando o setor industrial cresce, o motor do desenvolvimento vem junto. É isso que temos mostrado ao país.”
Segundo Cristhine, o Espírito Santo possui forte vocação industrial para exportação, e, também, para abastecimento do mercado interno. “Tradicionalmente, o estado tem uma indústria de extração e, mais recentemente, a indústria de transformação”, salientou, com especial atenção ao petróleo e gás.
Também mereceu destaque na fala de Cristhine a exportação de café e café solúvel (ou seja, o produto já industrializado e com valor agregado). “Acreditamos muito em agregar valor e mudar a visão de que o Brasil só exporta commodities”, ressaltou.
Outro ponto importante frisado na entrevista foi o aumento da geração de emprego, que acompanha o crescimento industrial. “Nosso estado tem se concentrado no desenvolvimento industrial e esperamos que essa tendência também se projete para o Brasil como um todo, inclusive na geração de empregos”, disse.
A capacitação é outra força-motriz para formação e qualificação de mão de obra no estado por meio de parcerias com o SENAI ou oportunidade para, por exemplo, mulheres em grupos de vulnerabilidade. “No ano passado, colocamos 50 mil vagas para formação profissional; neste ano, estão previstas 60 mil.”
Atualmente, a indústria representa 38.3% de participação no montante da economia capixaba – e, até 2028, mais de R$ 50 bilhões estão previstos em investimento em cerca de 300 projetos. Especificamente para a indústria de impressão, Cristhine citou como destaque a Suzano, que vem investindo no estado com produção fabril, isto é, enfatizando não apenas a exportação de celulose, mas na fabricação nacional de papel.
“A cada um Real que o setor industrial coloca na economia, reverte-se em R$ 2,45 de retorno para a própria economia. Tudo o que a indústria faz puxa várias cadeias importantes”, reforça.