A Escolar 2016 sediou a 3ª edição do Seminário de Educação, uma iniciativa da Francal Feiras em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Gráfica – São Paulo (ABIGRAF-SP), com curadoria do Instituto Cultural Lourenço Castanho (ICLOC) e apoio institucional e divulgação do Sieeesp – Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo.
Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, deu as boas-vindas e destacou o quanto esse encontro, que visa a para discutir os novos caminhos da educação, vem despertando o interesse por todo o Brasil. “Tivemos mais de 800 inscrições, de 116 cidades e 13 Estados”, lembrou.
O executivo convidou os participantes a andarem pelos corredores da Escolar para observarem que, da mesma forma que os métodos de ensino evoluem, o mesmo se dá com o material escolar apresentado ao mercado pelos expositores da feira.
Em seguida, Reinaldo Espinosa, diretor de Relações Institucionais da ABIGRAF, representando o Presidente da Regional São Paulo, Sidney Anversa Victor, falou do empenho da indústria gráfica para apoiar projetos educacionais, como a defesa da destinação de 10% do orçamento nacional para a Educação e a luta pela implantação do Cartão Material Escolar, que devolve a autoestima dos alunos e resgata o comprometimento das famílias com o ensino dos filhos. “A indústria gráfica está na origem da universalização do ensino”.
Após a abertura, teve início a primeira palestra do 3o Seminário de Educação, com o tema “O Tempo na Escola: Mudança – Tendências sobre o Ensino”, ministrado por Terezinha Rios”.
Com um tom bastante crítico e propondo uma reformulação do sistema educacional brasileiro, Walter Vicioni, diretor regional do SENAI-SP e superintendente do SESI-SP, palestrou no 3º Seminário de Educação da Escolar Office Brasil.
Em um cenário ideal, Vicioni, que já passou por mais de 330 escolas, sugeriu que as instituições públicas de ensino deveriam respeitar a individualidade do aluno e estimular o senso crítico, com um sistema de ensino menos engessado e mais focado nas habilidades específicas de cada sujeito.
“Um sistema baseado em métricas, cargas horárias e notas de prova obviamente não está considerando a qualidade do que é ensinado, muito menos do que é assimilado pelo aluno”, comentou.
Para ele, até mesmo a arquitetura das escolas deveria ser alterada. “É tudo muito sisudo, crianças olhando uma para a nuca da outra. Parece exército. Deveria ser um espaço mais dinâmico e livre para o aluno”, salientou.
Outro alerta diz respeito à formação dos docentes do ensino básico. Segundo o diretor do SENAI-SP, estes profissionais precisavam de um curso específico e mais completo com foco na alfabetização e construção do indivíduo.
Depois de apontar os caminhos para as mudanças, Vicioni finalizou a palestra ressaltando que a educação precisa deixar de ser uma plataforma de manipulação política e passar a ser enxergada e tratada como uma ferramenta de desenvolvimento social e econômico.
Fonte: Primeira Página