Os 50 anos de fundação da ABIGRAF Nacional foram comemorados na cerimônia de abertura do 16º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf), que aconteceu no Rio de Janeiro, entre 30 de setembro e 2 de outubro, contou com a adesão de 325 indústrias do setor e teve como tema “A indústria gráfica em (R)evolução: Uma agenda (PRO)positiva”.
Para quem não sabe, a ABIGRAF Nacional foi fundada em 1965, durante o 1º Congraf, que aconteceu em Águas de Lindóia, interior paulista, e reuniu mais de mil empresários do setor. Em memória a esse grande acontecimento, compuseram a mesa da atual edição do Congraf o articulador da fundação da ABIGRAF, Carlos Proença, ainda na ativa e militante da ABIGRAF-MG, e o ex-presidente da ABIGRAF Nacional e da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), Max Schrap.
Ao lado deles, alinharam-se os presidentes da ABIGRAF Nacional, Levi Ceregato; do Conselho Nacional da ABIGRAF, Julião Flaves Gaúna; da Conlatingraf, Fabio Arruda Mortara; da ABTG, Claudio Baronni; do Conselho da ABTG, Reinaldo Espinosa; da ABIGRAF-RJ, Carlos Di Giorgio. Como convidados especiais, tiveram assento o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira; e o deputado federal Walter Ihoshi, articulador da Frente Parlamentar da Indústria Gráfica e da Mídia Impressa.
O 16º Congraf aconteceu juntamente com o 28º Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica e o 22º Theobaldo De Nigris. Foi organizado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF Nacional) e a Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), com coordenação da ABIGRAF-Rio de Janeiro e da ABTG. Patrocinaram a iniciativa o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (SINDIGRAF-SP), na categoria Ouro Plus; Drupa, Expoprint e Expoprint Digital, HP e Suzano, na cateoria Ouro; OKI, na categoria Prata; International Paper, IBF e Ricoh, como patrocinadores Bronze.
Com a palavra…
Eduardo Gouvêa, presidente da Firjan, foi o primeiro a se pronunciar na cerimônia de abertura do 16º Congraf e criticou duramente as propostas do governo federal para o ajuste fiscal, que qualificou de uma “meia-sola de projeto de reforma fiscal, enquanto o País precisa é de um choque de privatização”. O presidente da Firjan condenou a tentativa de se apoderar de parte do repasse feito ao Sistema S e informou que o Senai carioca investiu R$ 7 milhões em equipamentos para uma unidade de ensino gráfico no Rio que já existe há 65 anos. Seguiu-se a ele, palestra da diretora de Desenvolvimento Econômico do Sistema Firjan, Luciana Sá, que analisou o cenário futuro da indústria.
Carlos Di Giorgio, presidente da ABIGRAF-RJ, falou que, para os empresários presentes, não se tratava apenas de reinventar o setor gráfico, mas de encontrar maneiras de retomar o crescimento e contribuir para o Brasil sair da crise, um desafio compartilhado com todos os outros segmentos econômicos.
O foco de Julião Flaves Gaúna, presidente do Conselho da ABIGRAF, foi a responsabilidade da indústria gráfica como parte da cadeia da informação, item de importância fundamental para a vida das pessoas e a manutenção da democracia, enquanto Claudio Baronni, presidente da ABTG, explicou que, diante dos desafios do setor, o temário do 16º Congraf havia sido guiado pelas propostas de inovação e de criatividade, com cases que materializassem o efeito positivo das mudanças propostas. A importância social da indústria gráfica na cadeia da informação, da cultura e da educação esteve presente também no pronunciamento de Fabio Arruda Mortara, presidente reeleito da Conlatingraf.
Homenageado com uma placa por sua dedicação às causas da indústria gráfica, como o fim da bitributação, o deputado federal Walter Ioshi, articulador da Frente Parlamentar da Indústria Gráfica e da Midia Impressa, levou ao setor uma mensagem de otimismo, destacando que o Brasil é maior do que os momentos difíceis.
Finalizando os pronunciamentos, Levi Ceregato, presidente nacional da ABIGRAF, afirmou que, nesses 50 anos de história da ABIGRAF, muitas vezes o Brasil e o setor enfrentaram crises intermitentes: “Mas a indústria gráfica sempre se mostrou forte e resiliente, o que acontecerá novamente agora. Esse 16º Congraf é uma prova incontestável da resiliência do setor, que não tem medo de inovar e investir”.