16 de dezembro de 2020

Brasil, Portugal e Espanha: a terceira live internacional da Abigraf

Evento conjunto com a Apigraf, de Portugal e a Neobis, da Espanha, teve três dias de discussão sobre problemas, soluções, oportunidades e o futuro da indústria gráfica pós-pandemia.

“A indústria no pós-pandemia: o que mudou no mercado?” foi o tema do primeiro dia do encontro entre as associações gráficas do Brasil, Portugal e Espanha. Os presidentes das três entidades traçaram um panorama da realidade do mercado gráfico nos três países, que é muito parecida. Em Portugal, com a segunda onda da pandemia de COVID-19 causando o segundo lockdown no país, Lopes de Castro, presidente da Apigraf, afirmou que será fundamental a ajuda do governo. “Somos uma indústria responsável e ambientalmente sustentável. Será que vamos conseguir retomar os preços antigos?” Levi Ceregato, presidente da ABIGRAF, segue a mesma linha e lembra que o problema da precificação, no Brasil, não começou na crise da pandemia. “O barulho das máquinas não significa resultados. Temos que precificar, pois a margem de lucro é extremamente essencial para a manutenção e sobrevivência das empresas”. Na Espanha, segundo o presidente da NEOBIS, Alvaro Garcia Barbero, a grande preocupação agora é detectar o mais rápido possível como será a mudança da sociedade daqui para a frente. “Estamos diante de uma mudança que não é só empresarial ou cultural, é social. Estamos vendo uma tendência de colaboração entre empresas de diferentes segmentos em busca da sobrevivência”.

As empresas europeias em geral têm uma vantagem sobre as brasileiras. A estabilidade proporcionada pela zona do euro. Enquanto os executivos Paulino Ribeiro, da Finieco e Ignacio Manero, da Manero B2-Pack, relataram que o objetivo das empresas é se manter com endividamento zero, Fábio Gabriel, da Leograf, conta que a grande missão agora é manter o negócio viável. “Temos que renegociar com nossos clientes para manter margens de lucro adequadas”.

No segundo dia do evento, o tema foi o futuro imediato da indústria gráfica, “2021: o que esperar?”. Luís Miguel Ribeiro, Presidente da AEP (Portugal), Jesús Alarcón, secretário-geral da NEOBIS, Wagner Silva, Gerente-geral da ABIGRAF e Alexandre Keese – Diretor da Fespa Brasil falaram dos desafios em seus países, como a criação de empregos, aumento da produtividade e geração de riqueza, além da adaptação à tendência irreversível do uso da inteligência artificial e da substituição da produção em massa pela customização de produtos gráficos para os mais diferentes segmentos.

No encerramento do evento a tecnologia do futuro foi o tema dos debates do painel “Inovações em tecnologia, produção e produtos: o que vem por aí”. Francisco Cachinero, da Canon España e Roland Krapp, da Heidelberg, falaram sobre os negócios das duas empresas, que investem em pesado na produção digital e na automação. No encerramento do evento, a apresentação foi do consultor brasileiro Andy Lima, radicado na Europa há 10 anos, líder e estrategista da World Wide Generation. Andy falou sobre como a preocupação com o bem estar das pessoas dentro das corporações é o primeiro passo para uma mudança de comportamento que vai se refletir em relações mais sólidas e humanas entre as empresas e seus clientes.

O evento teve patrocínio da Canon, Heidelberg e AFEIGRAF/EXPOPRINT.

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