Em junho, o presidente da ABIGRAF Nacional, Levi Ceregato, juntamente com o presidente e a diretora financeira do SINDIGRAF-SP, Fabio Arruda Mortara e Beatriz Bignardi, estiveram na reunião anual da World Print & Communication Forum (WPCF), encontro mundial promovido pela Federação Europeia para Impressão e Comunicação Digital (Intergraf), que congrega 23 entidades e associações nacionais de vinte países da Europa. Na ocasião, constataram que, no Brasil, o setor possui maquinário e competência técnica compatíveis com os padrões internacionais. “No entanto, perdemos em competitividade até mesmo para a Europa, em função de custos de insumos, problemas de logísticas e inflexibilidades trabalhistas e tributárias”, diz Ceregato. O WPCF conta hoje com 17 integrantes, incluindo Conlatingraf e ABIGRAF Naciona, e tem como objetivo promover o intercâmbio de informações e o diálogo entre entidades, fornecedores e clientes, de modo a incentivar o desenvolvimento da comunicação impressa e das indústrias conexas em todo o mundo. “O Brasil, como player mundial, não poderia ficar de fora”, afirma Mortara.
Dentre os números apresentados no evento, vale destacar que o Brasil, com 20.630 gráficas, tem um PIB gráfico de US$ 19,461 milhões, superior, por exemplo, ao da Índia, que faturou US$ 14 milhões, com 250 mil gráficas – uma grande diferença, mesmo descontando o fato de os números brasileiros serem de 2014, e os indianos, de 2012. Outra curiosidade, a exportação brasileira foi das que mais cresceram (4%), frente a Coreia (0,2%), Estados Unidos (-1%) e Japão (-2%). Mortara relatou ainda que a Europa, com exceção da Inglaterra, mostra dificuldade para se recuperar do impacto da crise de 2008, o que traz como consequência a queda no investimento.
Fechando a exposição, ele falou da indústria gráfica chinesa: “Naquele país, 56% do PIB gráfico – US$ 104,367 milhões por 151.322 empresas – são gerados por apenas 3% do setor. Embalagens tiveram crescimento acentuado e responderam por 75% da produção local em 2013, enquanto as publicações impressas corresponderam a cerca de 15% do total”.