Seis décadas de dedicação ao fortalecimento de um setor essencial para a sociedade. A Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Abigraf, nasce em 1965 e, desde então, trilha um caminho de conquistas e superações que ajudaram a transformar a indústria gráfica nacional. Da modernização do parque gráfico e fomento à formação profissional nos primeiros anos à histórica conquista contra a bitributação em 2016, culminando no enfrentamento coletivo da pandemia de 2020, a Abigraf sempre esteve à frente, representando empresários em uma luta coletiva.
A trajetória da Abigraf nesses 60 anos comprova o poder transformador do associativismo. Quando empresas e empresários unem forças, compartilham conhecimentos e alinham objetivos, os resultados transcendem o benefício individual para alcançar todo um setor econômico. Especialmente nos momentos de crise é a união que fortalece, que encontra caminhos, que reinventa possibilidades.
Ao celebrarmos seis décadas de atuação, homenageamos todos que fizeram parte desta jornada: presidentes visionários, diretores comprometidos, associados participativos e colaboradores dedicados. Juntos, construíram não apenas uma entidade de classe, mas um pilar fundamental para uma indústria que, mesmo em tempos de transformação digital, continua essencial para a comunicação, a cultura e a economia brasileira.
Fundação
1965 A Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Abigraf, é criada durante o 1º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, promovido pelo Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo, Sigesp (atual Sindigraf‑SP) no Tamoyo Hotel, em Águas de Lindoia, interior de São Paulo, de 17 a 20 de junho. Participaram delegações dos Estados do Amazonas, Bahia, Guanabara[1], Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, assim como representantes do Chile e da Argentina. Theobaldo De Nigris (SP), então presidente do Sigesp, foi eleito presidente da nova entidade para a gestão 1965/1967, liderando a diretoria composta por: 1º vice-presidente, Antônio Carlos Müller Franceschin (GB); 2º vice-presidente, Luiz Carlos Ribeiro (MG); 1º secretário, Pery Bomeisel (SP); 2º secretário, Henry Victor Saatkamp (RS); 1º tesoureiro, Damiro de Oliveira Volpe (SP); 2º tesoureiro, Rubens Amat Ferreira (SP); conselho fiscal: José Cândido Cordeiro (PE), Oscar Schrappe Sobrinho (PR) e Zózimo Alves da Silva (RJ). A Abigraf surgiu para representar os interesses da indústria gráfica nacional, que, em 1964, possuía 4.386 estabelecimentos e 27.662 empregados, segundo Relatório Anual do Senai.
As primeiras conquistas
1966 Demanda da Abigraf/ Sigesp é coroada de êxito resultando no Decreto-Lei nº 60.347, de 9 de março, que determina a criação do Geipag – Grupo Executivo das Indústrias de Papel e Artes Gráficas, destinado a estudar soluções para financiar a modernização do parque gráfico nacional. Com o Geipag, as entidades paulistas, ao lado do sindicato do Rio de Janeiro, obtêm do governo, pelo Decreto-Lei nº 46, de 18 de novembro, a isenção de impostos e taxas aduaneiras para a importação de máquinas e equipamentos gráficos. O programa é encerrado em 31 de dezembro de 1970, após atender 2.100 projetos industriais e pedidos de incentivos governamentais de 816 empresas, no valor de US$ 123,7 milhões
1966 O 2º Congresso ocorre no Rio de Janeiro, em maio, reunindo industriais gráficos de vários estados e delegações do México, Uruguai e Argentina. O grande destaque foi a decisão de realizar o 1º Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica em 1967, na Argentina, para a criação da confederação latino-americana.
1967 Em novembro de 1967, durante o 1º congresso latino-americano, em Mar Del Plata, é fundada a Conlatingraf. O Brasil torna-se um dos fundadores da nova entidade, ao lado da Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
1971 Ideia defendida durante alguns anos pela Abigraf/ Sigesp junto ao Departamento Nacional do Senai é concretizada em 8 de novembro com a inauguração do Colégio Industrial de Artes Gráficas Senai-União-Prefeitura (Ciag). A escola de 2º ciclo veio atender à necessária formação de mão de obra mais qualificada para o setor. Em 1974, o Ciag passa a se chamar Escola Senai Theobaldo De Nigris, em homenagem a quem, em 1965, à frente da recém-fundada Abigraf e do Sigesp, iniciou a luta pela criação da escola e foi fundamental para torná-la realidade durante sua gestão como presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, entidade que comandou de 1966 até 1980.
1975 O Boletim da Indústria Gráfica (BIG), lançado em novembro de 1949 pelo Sigesp, publica seu último número em novembro de 1975 e dá lugar, a partir de dezembro, à nova publicação oficial do setor, a Abigraf em Revista, mais tarde conhecida como Revista Abigraf.
1980 A Abigraf constitui os Grupos Setoriais, reunindo gráficas especializadas no mesmo segmento para, por meio da troca de experiências e debates, atender as suas necessidades. O primeiro a ser formado é o Grupo Setorial de Embalagens.
Desestatização
1982 Após 15 anos de luta da Abigraf pela desestatização das gráficas oficiais, o presidente João Figueiredo assina o Decreto-Lei nº 86.873, proibindo a criação de unidades gráficas na administração federal e nas fundações instituídas ou mantidas pela União.
1987 A Abigraf participa da criação e patrocina a 1ª Feira Nacional de Produtos Escolares, a Escolar 87, dirigida às áreas educacionais e papelarias. O evento ocorre no Pavilhão de Exposições do Ibirapuera, de 10 a 13 de agosto. Organizada pela Francal Feiras até os dias atuais, sempre com o patrocínio da Abigraf, anos depois a feira passa a se chamar Escolar Office Brasil.
1987 Após constatar as dificuldades das gráficas para avaliar as faixas salariais do setor, a entidade lança a 1ª Pesquisa de Salários e Benefícios, contratando a consultoria Coopers & Lybrand. A ideia nasceu em 1986, com estudos elaborados pelo Grupo de Trabalho de Recursos Humanos da Abigraf.
1989 A Abigraf/ Sindigraf-SP, já proprietária dos 11º e 12º andares da Rua Marquês de Itu, 70, no centro de São Paulo, amplia suas instalações, adquirindo também o 15º andar.
Destaque internacional
1989 A Abigraf traz para o Brasil o 4º Congresso Mundial da Indústria Gráfica (World Print Congress), realizado no Rio de Janeiro, em maio. Participaram 789 congressistas e 366 acompanhantes, de 33 países. Foi considerado o maior de todos realizados até então.
1990 Edição internacional da Revista Abigraf, bilíngue português/inglês, dedicada à Drupa, tem 3.000 dos seus 13.000 exemplares distribuídos no estande da Abigraf/ Sindigraf‑SP na maior feira gráfica mundial.
1990 Os Grupos Setoriais, depois denominados Grupos Empresariais, com reuniões ocorridas sempre na sede da Abigraf e sob sua coordenação, alcançam o número de 25, congregando empresas especializadas em um mesmo segmento.
Grande concurso nacional
1991 Criado pela Abigraf, com apoio técnico e organização da ABTG, o Prêmio de Excelência Gráfica tem sua primeira edição no MIS – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, em 30 de setembro. Inspirado em uma premiação colombiana, o presidente da Abigraf, Max Schrappe, traz a ideia para o Brasil, com apoio de Mário César de Camargo, presidente, e Hamilton Terni Costa, diretor de marketing, ambos da ABTG. Em 1995, recebe o nome de Fernando Pini, homenageando o diretor de Tecnologia da ABTG e coordenador do julgamento da primeira edição, falecido em abril daquele ano.
1995 A Abigraf assume o patrocínio da categoria “Entidades Não-Governamentais”, no Prêmio Direitos Humanos, criado pelo presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Esse patrocínio se repetiria todos os anos, até 2001.
1996 Em novembro, a Abigraf lança o Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica — antigo sonho da entidade —, publicação concebida pela Clemente e Gramani Editora e Comunicações, prestando um serviço inédito ao mercado e ao próprio setor gráfico, mostrando a representatividade da indústria gráfica nacional, suas empresas, produtos e serviços.
Normas técnicas
1997 Com apoio da Abigraf/ Sindigraf‑SP, promoção e realização da ABTG, o Brasil torna-se o primeiro país do Hemisfério Sul a sediar uma reunião do TC‑130, Technical Committee for Graphic Technology, da International Organization for Standardization (ISO). Participam cerca de 80 profissionais, entre eles 60 técnicos renomados, de várias partes do mundo.
Qualidade reconhecida
1997 A publicação oficial da Abigraf conquista importante reconhecimento internacional. Em outubro, no Prêmio Benny, maior concurso mundial da indústria gráfica, em Chicago, EUA, a Revista Abigraf recebe um troféu Ouro. O concurso teve 4.990 peças inscritas por 874 empresas de todo o mundo.
1998 Atendendo convite da Fundação Biblioteca Nacional/ Departamento Nacional do Livro, a Abigraf incumbe a Clemente e Gramani de produzir edição especial da Revista Abigraf, bilíngue português/francês, como a publicação oficial do Brasil, país convidado de honra do Salão do Livro de Paris, em março. Da tiragem de 15 mil exemplares, cinco mil são distribuídos no estande da Abigraf e a revista é exposta nas vitrines das livrarias parisienses.
Nova sede própria
1998 Batizada de Condomínio da Indústria Gráfica (Cigraf), é inaugurada a nova sede própria da Abigraf/ Sindigraf‑SP, na Rua do Paraíso 529/543. O edifício tem sete andares e área útil de 1.500 m². Além da Abigraf Nacional, Abigraf‑SP e Sindigraf‑SP, o prédio também abriga instalações da ABTG, Abiea e Abraform.
2000 Organizada pela Abigraf/Sindigraf‑SP, caravana com cerca de 500 profissionais gráficos vai à Drupa 2000, na Alemanha. A maior feira gráfica mundial registra o número recorde de 4.500 brasileiros. Com apoio de especialistas da ABTG e do Senai‑SP, os visitantes brasileiros recebem total assistência no estande da Abigraf.
2002 A partir de julho, com o objetivo de modernizar a identidade visual e espelhar a evolução das entidades, a Abigraf e o Sindigraf-SP passam a adotar uma nova logotipia mais atual e de maior leveza
2003 Em janeiro, iniciativa da Abigraf/ Sindigraf agrupa 24 entidades para combater o Projeto de Lei Complementar nº 70, prejudicial à indústria gráfica, aprovado no mês anterior pela Câmara dos Deputados. Trata-se do conflito tributário ICMS × ISSQN, que assombra as empresas gráficas há mais de 20 anos e exige um esforço permanente da Abigraf. Graças à pressão da entidade, é constituída uma comissão para estabelecer medidas concretas contra a deletéria proposta.
Promoção de exportações
2003 Através de convênio firmado entre a Abigraf/ Sindigraf‑SP com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae‑SP), surge o Graphic Arts Industry Alliance (Graphia), estrutura do Programa Setorial Integrado de Exportação do Setor Gráfico da Abigraf. Sob coordenação da Abigraf, o programa visa à prospecção e promoção do setor gráfico brasileiro no exterior.
2005 No dia 27 de junho é realizada em São Paulo a festa dos 40 anos da Abigraf Nacional, com 450 convidados. Os destaques são o lançamento do livro Abigraf 40 Anos e o início da veiculação de comercial na televisão, campanha voltada à valorização do
produto impresso.
2006 A Abigraf apoia e participa com estande da 1ª ExpoPrint Latin America, feira internacional realizada pela Afeigraf, entidade constituída dois anos antes, o que se repetiria em todas as edições posteriores, a cada quatro anos.
2007 Promovido pela Abigraf/ Sindigraf‑SP, pela primeira vez foi realizado no Brasil o Concurso Latino-Americano de Produtos Gráficos Theobaldo De Nigris, da Conlatingraf. Com sede na cidade do Guarujá, litoral paulista, a 14ª edição da premiação foi a maior já realizada, com 1.341 produtos inscritos.
Incentivo à leitura
2007 Dentro do programa “São Paulo – um Estado de Leitores”, da Secretaria de Estado da Cultura, iniciado em 2005, a Abigraf, através de sua Regional do Estado de São Paulo, contribuiu para revitalização ou instalação de 24 bibliotecas em cidades do interior. Como incentivo à leitura, a entidade cria o concurso de redação “Ler, a Arte de Aprender” voltado aos alunos de escolas municipais das cidades beneficiadas.
2008 Nas comemorações do bicentenário da impressão no Brasil, sob o tema “200 anos da indústria gráfica brasileira: olhar o passado, projetar o futuro”, com grande público lotando o auditório do Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, a Abigraf realiza o 14º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica e lança o livro 200 Anos: Indústria Gráfica no Brasil.
2008 Para realizar obras de reforma em seu edifício-sede, atendendo às normas da prefeitura do munícipio, a entidade muda-se provisoriamente para a Rua Cardoso de Melo nº 1750, 6º andar, no bairro da Vila Olímpia.
Responsabilidade Social e Ambiental
2009 No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, são entregues os troféus do 1º Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental, em duas categorias, criado para estimular práticas corretas das empresas gráficas nas áreas social e ambiental. A premiação teria mais duas edições, em 2011 e 2013. Na terceira e última, em 2015, o nome foi alterado para Prêmio Abigraf de Sustentabilidade.
2010 No dia 10 de novembro, a Abigraf retorna para sua sede própria na Rua do Paraíso, totalmente reformada.
2012 Iniciativa da Abigraf/ Sindigraf‑SP, a Semana da Indústria Gráfica começa no dia 24 de junho, estendendo-se até 1º de julho. O evento é criado para promover a união do setor e conta com a presença de líderes das regionais de vários Estados.
2012 Através da Medida Provisória 582/12 é aprovada a desoneração da folha de pagamento do segmento gráfico de embalagem, que representava cerca de 40% do PIB gráfico naquele momento.
Liderança no Copagrem
2013 No dia 9 de abril, a Fiesp lança o Comitê da Cadeia Produtiva de Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem) visando reunir entidades para dialogar e alinhar propostas que fortaleçam os segmentos, combatendo os entraves mercadológicos e econômicos. Participaram 40 presidentes e representantes de 26 entidades, que elegeram a Abigraf para presidir as reuniões do comitê.
Pressão política
2014 A posse da diretoria da Abigraf para a gestão 2014/2017 é realizada na sede da Confederação Nacional da Indústria, em 5 de junho, em Brasília. Durante a solenidade, a Abigraf lança a “Carta da Indústria Gráfica à Nação”, requerendo, entre outros itens, alíquota zero do Pis/Cofins para impressão de livros no Brasil e o fim do conflito tributário ICMS × ISSQN no setor gráfico. O documento foi encaminhado aos órgãos governamentais e aos candidatos às eleições presidenciais.
2015 Capitaneados pela Abigraf, empresários gráficos vão a Brasília, no dia 20 de agosto, para o lançamento da Frente Parlamentar do Setor Gráfico e Mídia Impressa, sob a liderança do deputado federal Baleia Rossi (PMDB‑SP). A iniciativa teve como meta pleitear ações para resolver os entraves à produtividade e competitividade da indústria gráfica nacional.
2015 Atendendo pleito realizado pela Abigraf, é aprovada a utilização do Cartão BNDES para a aquisição de todos os tipos de papéis de imprimir e escrever, desde que não acondicionados para venda a varejo.
Batalha vitoriosa
2016 O dia 29 de dezembro registra uma das maiores conquistas da história da Abigraf. Após cerca de 35 anos de luta contra a bitributação ICMS e ISSQN, finalmente o esforço é recompensado. Nessa data, o presidente Michel Temer assina a Lei Complementar nº 157 pondo fim ao conflito tributário entre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte e de Comunicação (ICMS) e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
2017 Em resposta à solicitação da Abigraf, é aprovada a utilização do Cartão BNDES também para a aquisição de diversos insumos utilizados pela indústria gráfica, desde que sejam fabricados no País, tais como: chapas de alumínio, reveladores e fixadores, tintas para impressão, solução de molha, blanquetas e filmes.
2018 Com suporte da Abigraf, organização da Abigraf-SP e coordenação técnica da ABTG, é realizado, em 23 de agosto, o 1º Prêmio
Paulista de Excelência Gráfica Luiz Metzler.
O impacto da pandemia
2020 Em 30 de janeiro, a OMS classifica o surto de um novo vírus surgido na China como emergência de saúde pública internacional e, em 11 de março, como pandemia. A escalada da doença é rápida e incontrolável. O Brasil torna-se um dos países mais afetados. O presidente da Abigraf Nacional, Levi Ceregato, aborda a dramática situação no editorial da Revista Abigraf nº 305, de março/agosto 2020: “Quando a Covid‑19 deixou de ser uma ameaça distante e começou a fazer as primeiras vítimas no Brasil, obrigando-nos ao isolamento social, nós da Abigraf Nacional e do Sindigraf-SP, percebemos que era o momento de sermos protagonistas no amparo à indústria gráfica como um todo. ( . . . ) A indústria gráfica foi para a UTI, precisou de atendimento intensivo ( . . . ) diante do número de vítimas da Covid‑19 no Brasil e no mundo ( . . . ) compreendemos pela forma mais dura, pela dor, o enorme valor da união. Infelizmente muitos sucumbiram e sucumbirão, e aqui me solidarizo com todas as famílias que perderam algum ente querido para esse mal tão perverso e também com os que viram seu ganha-pão cerrar definitivamente as portas.”
2020 Para avaliar os efeitos da pandemia sobre o setor, a Abigraf realiza a Pesquisa sobre o Impacto da Covid‑19 na Indústria Gráfica nos seis primeiros meses do ano, consultando 215 empresários, de 15 estados: 94,4% dos entrevistados registram queda no faturamento; 79% apontam redução nos volumes de produção; 53,7% sofrem com a inadimplência; e 40,2% têm pedidos cancelados. Em relação aos trabalhadores, 65% colocam seus funcionários em banco de horas ou em férias e 40,7% fazem demissões.
2020 A entidade promove debates virtuais sobre o enfrentamento da pandemia. Em dois deles, internacionais, o presidente da Abigraf conversa com o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Gráfica, Lopes de Castro, em 24 de junho; e com Ryan Ferris, vice-presidente da Printing Industry Alliance, dos Estados Unidos, no dia 11 de agosto. Dos contatos, fica evidente que a crise afetou de maneira similar os mercados brasileiro, português e americano.
2020 No canal da Abigraf/Sindigraf‑SP, a entidade também desenvolve diversas lives para discutir as consequências da Covid‑19. No dia 5 de agosto, com 120 participantes, foi apresentado o tema Como ser mais forte diante dos desafios do novo normal, com os painéis “Protocolos de prevenção para a Indústria Gráfica – Covid‑19” e “Gerenciamento de crise – pandemia é diferente de paralisia”.
Criação da Abitec
2022 Comunicado divulgado em 28 de junho informa sobre a extinção da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, ABTG, fundada em 1959. Durante boa parte da sua existência, a ABTG teve grande parceria e atuação conjunta com a Abigraf e o Sindigraf‑SP. O encerramento de suas atividades deixa um vazio na missão de disseminar o conhecimento técnico no setor. Três dias depois, a Abigraf cria a Abitec, Divisão de Inovação e Tecnologia Gráfica da Abigraf Nacional, assumindo a responsabilidade de desenvolver atividades de capacitação e treinamento, prestar serviços de consultoria e realizar eventos técnicos, entre outras,
funções antes executadas pela ABTG.
2022 Após um hiato de dois anos, em razão da pandemia de Covid‑19, o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini retorna com a sua 30ª edição recebendo cerca de 750 pessoas. Com a extinção da ABTG, a Abigraf assume integralmente a organização do evento, com coordenação técnica da Faculdade Senai – Campus Theobaldo De Nigris. Na ocasião, são lançados o 23¼ Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica e o Estudo Setorial da Indústria Gráfica no Brasil 2022, projetos realizados graças a um esforço conjunto da Abigraf Nacional, Abigraf‑SP, Sindigraf‑SP e Abro.
Decisão inédita
2023 Em 1º de junho, em solenidade no edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, MS, é empossada a diretoria da Abigraf Nacional para a gestão 2023/2026. A posse do novo presidente, Julião Flaves Gaúna, empresário gráfico sediado na mesma cidade, tem grande significado para a entidade e para o mercado gráfico, por se tratar do primeiro presidente, nos 57 anos de existência da Abigraf, estabelecido em outro estado que não São Paulo.
2024 Na primeira edição pós-pandemia, em formato presencial, a Drupa 2024 recebe 2.001 visitantes do Brasil, incluindo 260 empresários gráficos da Caravana Drupa, organizada pela Abigraf. Em seu estande, a entidade oferece ampla assistência aos brasileiros presentes ao evento.
Redução de alíquotas
2024 Em outubro, a Abigraf consegue evitar os aumentos das alíquotas do imposto de importação de sete tipos de papéis de imprimir e escrever pleiteados pelos fabricantes nacionais desses produtos, gerando uma economia anual de mais de R$ 145 milhões do tributo para as indústrias gráficas brasileiras.
2024 Resultado de intenso trabalho realizado pela Abigraf junto ao governo federal, desde 2014 foram publicadas dezenas de Resoluções Camex que reduziram para “zero” a carga tributária na importação de máquinas e equipamentos gráficos sem similar nacional, bem como de suas partes, peças e componentes, proporcionando uma economia total estimada para o setor gráfico da ordem de US$ 394 milhões em imposto de importação, ou seja, mais de R$ 2 bilhões.
Criação da Abicomv
2025 A Abicomv, Divisão de Comunicação Visual e Sinalização, é criada pela Abigraf para oferecer suporte técnico e associativo às empresas desse mercado, inclusive fornecedores. Sua finalidade é servir como a principal referência do segmento no País, representando e desenvolvendo ações para unir, fortalecer, defender e expandir a área de comunicação visual e sinalização, integrando e valorizando os seus empresários e profissionais.
Fonte: Revista Abigraf 324, junho de 2025