22 de setembro de 2021

Seminário Internacional debate as mudanças exigidas pelo mercado gráfico

Como pequenas e médias indústrias gráficas podem acompanhar o vendaval de transformações nos diversos segmentos de consumo de produtos do setor e sobreviver no mercado. Este foi o desafio do Seminário Internacional do Mercado Gráfico Figital (Físico + Digital), realizado em 30/07.

Um dos pontos altos do encontro foi a homenagem ao empresário Carlos Augusto Di Giorgio Sobrinho, presidente do Sigraf – Sindicato das Indústrias Gráficas do Rio de Janeiro, e diretor secretário da Firjan Cirj. Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, resumiu: “É um dos maiores empreendedores da história da indústria gráfica do Brasil. Visionário e inovador, responsável pela criação da fábrica de livros do SENAI. Suas realizações dariam um livro, melhor, uma coletânea inteira”.

Eduardo Eugenio elogiou a dedicação do empresário, entregou-lhe uma placa comemorativa e anunciou que Carlos Di Giorgio Sobrinho passa a dar nome ao Complexo Firjan SENAI SESI, onde fica a unidade voltada ao setor gráfico, no Maracanã.

Di Giorgio agradeceu a homenagem, se referindo a cada um dos presentes. “Importante dizer que esse evento dá o pontapé inicial do novo planejamento estratégico do setor gráfico conduzido pela Firjan. Estou absolutamente emocionado, queria dividir essa alegria com a minha família e os companheiros do Sigraf e todos os empresários do setor gráfico do Rio de Janeiro”, afirmou ele, que também é vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica do Rio de Janeiro (Abigraf-RJ).

Indústria Gráfica Digital

Na parte internacional, Frank Romano, presidente do Museu da Impressão em Massachusetts (EUA), professor emérito no Instituto de Tecnologia de Rochester (RIT), e uma das maiores referências do setor, fez um retrospecto da indústria ao longo da era digital. “Nos Estados Unidos, 42% da indústria é eletrônica. Segundo pesquisa, existem três trilhões de PDFs no mundo e grande parte deles costumava ser impressa”.

Romano ressaltou que o mercado de embalagens e de livros sob demanda vêm crescendo. “O formato digital cria novos mercados para as impressões. A maior parte da indústria passa por fusões e aquisições. As novas habilidades vêm de softwares e aplicativos”. Mas acredita que, para trabalhos com altas tiragens, a impressão offset é mais eficiente que a digital.

Já David Zwang, consultor da Zwang & Company, ressaltou a velocidade da nova tecnologia adotada nas gráficas e as mudanças na forma como as pessoas estão comprando. “Tudo on-line. As nuvens vão se tornar a nova norma, aumentando a demanda de processos de conectividade. Nossos sistemas se comunicam com os dos clientes, dos parceiros e fornecedores”. O consultor acredita que as empresas precisam adotar processos integrados e modulares. Para passar por essas mudanças, as pessoas precisam se adaptar. Se a empresa não tem funcionários internos para liderar o novo processo, pode ter ajuda de assessorias, na opinião de Zwang.

Na parte nacional, empresários gráficos de referência debateram o impacto dessas transformações sobre a indústria do setor no Brasil, dando exemplos de atuação: Valter Zanacoli, diretor da Firjan / Editora Vozes (RJ); Sidney Anversa, presidente da Abigraf Nacional / Congraf Embalagens (SP); Cristhine Samorini, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) / Grafitusa (ES); e Alex Santos, diretor Industrial da Gráfica ANS (RS). A moderação ficou a cargo de Ivo Daflon, vice-presidente do Sigraf / Holográfica (RJ), e na primeira parte do evento, Carla Geraldo, especialista técnica na Firjan SENAI, moderou os trabalhos. Clique aqui para assistir na Íntegra.

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