Veja o que especialistas, empresários e presidentes das entidades do setor compartilharam conosco a respeito das novidades e tendências do mercado gráfico na Drupa 2016.
Seção – O que vimos na drupa?
“O estande da ABIGRAF na Drupa foi um ponto de encontro de todos brasileiros. Havia uma equipe de plantão para dar suporte aos visitantes e facilitar a localização de estandes ou mesmo ajudar na tradução para aqueles que tinham dificuldades com o idioma. A quantidade de brasileiros chegou a quase mil visitantes e a Drupa movimentou pessoas do mundo todo. A feira foi bastante movimentada e tinha uma oferta grande de novidades tanto de digitais como analógicos, para todos os segmentos da indústria gráfica.
Para nós brasileiros, foi uma grande demonstração de tecnologia, e com certeza, a partir da hora em que as coisas se acertarem na economia, todas as empresas saberão onde fazer seus investimentos.”
Sidney Anversa Victor, empresário e presidente da ABIGRAF-SP
“A Drupa é a convergência planetária, que ocorre a cada quatro anos, dos gráficos, fabricantes e demais stakeholders da indústria de comunicação impressa. Imperdível pelas enormes novidades que foram apresentadas, pela frequência seleta dos melhores técnicos e empresas do setor, imperdível pela enorme gama de produtos, equipamentos, insumos e processos de impressão expostos. Imperdível!
É por isso a CONLATINGRAF lá esteve, junto com Two Sides e ABIGRAF, com muito orgulho.”
Fabio Mortara, empresário, presidente do Sindigraf e country manager da campanha Two Sides
“O grande recado que, na minha visão, mais uma vez a Drupa nos manda é que empresários, colaboradores, e o conjunto de entidades devem ter um olhar mais amplo sobre indústria gráfica, talvez desde já rebatizando-a para Indústria de Impressão. Nossa impressão é evidente. Já não se tem só o papel como sua matéria prima básica. Iniciamos uma nova era que arriscaria em chamá-la de a era da impressão das coisas, impressão de vidro, cerâmica, 3D, tecido, etc. Nessa nova era, a Indústria de Impressão, entrega para os consumidores novos produtos personalizados, como, mesas, cadeiras, painéis, fachadas de empresas, casas produzidas com tecnologia 3D, tecidos para a indústria da moda, enfim, ampliamos substancialmente nosso portfólio, que se somam, aos já tradicionais, rótulos e etiquetas, embalagens, livros, cadernos, jornais e revistas…
O tema requer ampla reflexão e sem sombra de dúvidas vai requerer do conjunto dos principais atores desta nova indústria melhor compreensão das novas oportunidades, preparação do conhecimento tecnológico e mercadológico. Precisamos correr muito, essa nova indústria já é uma realidade e, ratifica, a frase do professor Manoel Manteigas de Oliveira, da Faculdade de Tecnologia Gráfica, que norteou a elaboração da grade do último CONGRAF, realizado no Rio de Janeiro: “O papel tem vida e há vida além do papel”.
Reinaldo Espinosa, diretor de Relações Institucionais da ABIGRAF Nacional
“Nesta edição da Drupa apareceram novos segmentos como a impressão 3D, que ocupou a maioria do pavilhão 7, e os sistemas de cross-media, com aparição surpreendentemente tímida a meu ver. As inúmeras apresentações realizadas no Drupa Cube chamaram a atenção de quase 3.500 participantes. Definiria esta Drupa como a edição dos mercados de embalagem, do converting e das etiquetas e da pós-impressão. De acordo com a organização, 650 expositores apresentaram mais de 2.300 produtos relacionados a estes setores. Estes dados sinalizam a euforia dos expositores quanto ao aumento das vendas. De fato, packging foi um dos seis temas principais da Drupa.
A feira voltou à periodicidade de 4 anos. Aparentemente, a pressão dos grandes fabricantes foi crucial para a decisão. Um dos motivos seria o curto prazo, 3 anos, para desenvolver novas tecnologias e para terminar de evadir todos as vendas deste ano. Em um único dia toda a comunicação visual foi mudada. Foram 11 dias ricos de novidades e de negócios que superaram as expectativas dos expositores.”
Bruno Cialone, presidente do Conselho Diretivo da ABTG
“A Drupa de 2016 demonstrou a vitalidade do setor, tanto pelo número de visitantes quanto pela presença da imprensa. A tônica da exposição foi a consolidação dos processos gráficos na forma digital, do seu nascedouro até o acabamento final. Os equipamentos analógicos, com bastante eletrônica embarcada e conectados às redes digitais, continuam responsáveis pela maioria da produção e serão paulatinamente controlados à distância. Os equipamentos digitais, predominantemente impressão a jato de tinta, foram apresentados em configuração que demonstram a maturidade para substituir em muitas aplicações os processos digitais, notadamente offset em editorial e embalagens e flexografia em embalagens e rótulos e etiquetas. Outra aplicação que foi vista e demonstrada por diversos fabricantes foi a impressão direta em papelão, o que trará novas aplicações. Todas as novas soluções têm ainda que ser demonstradas na prática gráfica e no mercado, substituindo processos analógicos existentes e introduzindo novas aplicações digitais, desde que qualidade/preço e velocidade sejam aceitáveis para o mercado, em especial o cliente final! End Fragment.”
Bruno Mortara, empresário e técnico da ABTG
“A Messe sempre fica muito honrada com a quantidade de Brasileiros que visita a feira. Mesmo esta edição de 2016, tendo 50% da visitação de 2012, ainda assim foi muito satisfatória. A Drupa surpreende sempre, pelo menos na minha opinião, não só pelas máquinas apresentadas, mas pela variedade de tecnologias demonstradas no mesmo local. Além disso, não é normal ter uma feira de 11 dias, com a mesma frequência de visitantes diariamente.
Vale ressaltar a iniciativa da ABIGRAF, junto com a AFEIGRAF, em relação ao seminário da apresentação do Panorama Brasil, onde a embaixadora do Brasil na Alemanha esteve presente e foram discutidas oportunidades de negócios no Brasil e na América do Sul.”
Malu Sevieri, representante da Messe no Brasil